sábado, 19 de abril de 2008

MAL DA IDADE

Agindo na espreita,
acordo e a vejo crente.
Decadente, decrescente,
Linda e aturdida
No desconforto de seu bocejar.
Afirmo para os que já se foram,
Sou eu seu réu,
e confirmo o feitiço.
Encantado, vejo-a se tornar brilhante
no lúdico sorriso do seu espreguiçar.
Imagina!
Logo eu!
Eu, o desatinado
comparsa dos decadentes, declino.
Agradeço à Heros,
e oro pelo poder despertar
ou do sintoma histérico conversivo
dessa maldita alegoria encarnada.
No emaranhado do enigma
tento me entender e desamparado
por haver delirado na remexida dormida
ante o início do sono descolorido,
opto por presentear o ponto final.
Dou um fim a trama,
levanto, desligo o telefone e o celular.

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